domingo, 25 de março de 2018

Evangelho de João 20,19-31

Missa 08 de Abril de 2018

2º DOMINGO DA PÁSCOA 

DOMINGO DA DIVINA MISERICÓRDIA

Leituras
Primeira Leitura At 4,32-35
Salmo 117/118
Segunda Leitura 1Jo 5,1-6)
Evangelho Jo, 20,19-31

Mensagem Principal:Irmãos e irmãs, hoje celebramos com alegria a Oitava da Páscoa ou o Domingo da Divina Misericórdia, instituído pelo Papa João Paulo II. Como outrora aos discípulos, o Cristo ressuscitado vem ao nosso encontro através dos sacramentos e da comunidade para nos conceder o dom da paz e da reconciliação. Como o Pai O enviou, Jesus também nos envia como apóstolos da misericórdia. Felizes seremos se n’Ele crermos. Fonte: Nova Aliança 

Para ajudar a refletir e entender o evangelho de hoje:

Preparem-se... estamos preparando o alimento espiritual para os preferidos de Jesus: as crianças!

CRISTO RESSUSCITOU! ALELUIA, ALELUIA, ALELUIA! Em 2002, o Papa João Paulo II instituiu o Segundo Domingo da Páscoa como o Domingo da Divina Misericórdia. Nele sempre fazemos memória da aparição do Ressuscitado que concede o dom da paz e o serviço da reconciliação. Sabemos que a misericórdia é em primeiro lugar graça de Deus, cuja fonte jamais se esgota e todos podemos experimentá-la! Mas, segundo o evangelho, Jesus nos envia tal como fora enviado pelo Pai. Deste modo, a misericórdia, além de ser dom, é também tarefa, como bem recorda Lucas: “Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso” (6,36). Não à toa, celebramos há pouco tempo o Ano da Misericórdia, por iniciativa do Papa Francisco. A Igreja do século XXI, para ser fiel à razão da sua existência e, portanto, à sua missão, deverá empenhar-se dia após dia para transparecer o rosto misericordioso de Deus que brilha para toda a humanidade. Como serva de Cristo, deverá colocar-se sempre a serviço de todos, principalmente, dos mais necessitados. Cada um de nós, enquanto batizados, deveríamos nos perguntar como podemos contribuir para que isto, de fato, aconteça. A misericórdia é plural e dinâmica, para além das obras de misericórdia elencadas pela tradição da Igreja, que são tanto espirituais quanto materiais, há diversas formas de exercê-la em nosso cotidiano. Na medida em que as descobrimos e as colocamos em prática, a vontade do Cristo ressuscitado vai se concretizando em nossa história, que é cheia de problemas e dificuldades, mas também cheia de possibilidades e oportunidades. A ressurreição é um mistério que nos alerta justamente para isto: outro mundo é possível! Padre Éverton Machado dos Santos - Vigário da Paróquia Coração de Jesus. Fonte: Nova Aliança


Ideia de roteiro para teatro

PA: Boooom diaa, amigo!

PB: Bom dia nada! Mal dia... oh dia ruim, viu!

PA: Nossa, mas por que este mal humor tãooo grande?

PB: Ah eu não tenho mais paciência com meu irmão!

PA: Ixi... brigaram denovo? o que aconteceu?

PA: Sabe, acho até que ele não gosta de mim, que nunca vamos ser amigos, porque com você eu brinco, a gente se dá bem e com ele, só briga acontece? Eu não entendo!

PB: Calma, amigo... me conte o que aconteceu?

PA: Levei uma bronca por causa dele, era o dia dele levar o lixo e ele mentiu para a mamãe que trocou comigo e que eu que não levei... eu tentei falar com a mamãe, mas ela tava muito ocupada fazendo o café da manhã, falou que era para eu levar e que depois conversaria sério comigo... e ele saiu rindo! Ai só de lembrar já fico com muita raiva dele!

PB: Amigo, eu entendo... mas não fique com raiva dele, não... isso não faz bem pro nosso coração... Deixa a gente angustiado né....

PA: Angustiado... isso... aliás... que é mesmo que é isso?

PB: Angustiado é quando a gente fica com nó na garganta, quando ficamos pensando toda hora naquilo que aconteceu e lembrando com tristeza... dá até vontade de chorar...

PA: Isso, isso ai que tô sentindo!

PB: Eu imagino...

PA: Ai, ai... e como é que faz, hein... jajá tenho que ir para casa e ele vai estar lá... o bonitão...queria que você fosse meu irmão, amigo! não ele!

PB: Ih amigo... não fale assim... nós somos amigos-irmãos! e eu vou te ajudar a resolver isso!

PA: Isso... você faz luta né... eu sabia que ia me ajudar! você é grandão... vai lá e dá uma lição nele!

PB: De jeito nenhum... eu não posso fazer isso!

PA: Ah não? e qual é sua ideia, então? falar com a minha mãe?

PA:  Não, também!

PB: Ai, ai... não vem me pedir para aceitar que ele é chato mesmo e tenho que gostar dele porque é meu irmãozinho...

PB: Não, não vou pedir isso...

PA: To curioso então... qual é a mágica?

PB: Não tem mágica... é mais que isso: é misericórdia!

PA: Misericórdia?

PB: Isso!

PA: Eu já ouvi esta palavra num lembro onde... que é isso mesmo?

PB: Deve ter ouvido na missa...

PA: Não, não... peraí... lembrei, minha vó que fala assim quando meu vovô, eu e meu irmão brincamos e bagunçamos toda a sala dela...rs... Ai, ai... aí sempre rimos muito dela! È engraçado... ai vovô dá um beijo e fala que vamos arrumar tudo... e tudo fica bem!

PB: Isso mesmo!

PA: Isso mesmo, o que?

PA: Sua vovó usa a palavra certa! e tudo fica bem!

PB: Então quando meu irmão me encher e me irritar eu tenho que fazer como a vovó: Misericórdia?
hahahha... você tá engraçado hoje, amigo!

PA: Não é isso...você sabe o que é misericórdia?

PB: Não, não sei...

PA: Misericordia quer dizer: Miséria do coração...

PB: Ai, ai... um coração pobrezinho?

PA: Não... um coração como o de Jesus! que era pobrezinho sim, mas que traz todas as nossas misérias no coração... e transforma tudo em amor!

PB: Não sei se entendi direito... a miséria então, são as coisas ruins que fazemos, no caso a mentira do meu irmão?

PA: Isso mesmo!

PB: Mas e ai?

PA: Jesus pede que a gente use a misericórdia para todas as pessoas que nos irritam, deixam triste e bravas... que a gente perdoe e deixe o amor dele transformar tudo... como lá quando a sua vovó fica brava com a bagunça da sala e logo passa com um beijo e quando vocês arrumam tudo!

PB: É porque a vovó sabe que não fazemos por mal, que só fazemos para nos divertir...

PA: Sim, isso que você precisa fazer com o seu irmão... entender porque ele mente...

PB: Mente porque é preguiçoso...

PA: Pode até ser... mas isso você não pode ajudar? fazer um jeito diferente, divertido, trocar a tarefa com ele, explicar que é importante... pedir ajuda para a sua mãe...

PB: É até posso... foi isso que o vovô fez com a gente quando ensinou que tinhamos que arrumar a bagunça... e não queriamos... ele explicou que precisavamos mesmo sem querer... que era importante!

É posso tentar ensinar isso para ele e se eu não conseguir peço ajuda da mamãe e do papai!

PA: Isso! Sabe, amigo... Jesus nos pede isso mais do que um simples: Vou ficar de bem! Não vou mais brigar... mostrar a misericórdia é mostrar o amor de Jesus! Não é importante?

PB: Nossa... muito importante...eu vou ter mais paciência com ele...e conversar... vou mostrar que eu também tenho coração igual de Jesus e que ele pode ter também!

PA: Isso mesmo, amigão...corre lá! Não podemos perder tempo!

Sugestão de Música

O amor de Deus é maior que o mundoooo!





Ideia para trabalhar esse Evangelho

Uma ideia maravilhosa que reflete todo amor de Jeus Misericordioso!

Veja o passo a passo no blog da Tia Paula


Oração

Querido Jesus que eu aprenda cada dia mais a mostrar de todo coração o seu grande amor e bondade para todos qu eu encontrar. Amém..

terça-feira, 13 de março de 2018

Evangelho de Marcos 15, 1-39

Missa de 25 de março de 2018

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DOMINGO DE RAMOS DA PAIXÃO DO SENHOR


Leituras

Primeira Leitura Isaias 50, 4-7
Salmo Salmo 21
Segunda Leitura Filipenses 2, 6-11
Evangelho Marcos 15, 1-39

Mensagem Principal

Irmãos e Irmãs, na vivência no tempo quaresmal e início da Semana Santa, Jesus nos mostra hoje o caminho do discípulo, por um lado temos a glorificação, com a entrada em Jerusalém e aclamação do “Hosana”. Por outro lado, temos o anúncio da paixão e morte do Cristo. Que essas realidades possam ajudar cada fiel a perceber a missão de anunciar a Boa-Nova do Reino, independentemente de estar sendo “aclamado” ou “condenado” por isso. O que importa é a fidelidade a Deus

Para ajudar a refletir e entender o evangelho de hoje:

Preparem-se... estamos preparando o alimento espiritual para os preferidos de Jesus: as crianças!

A liturgia deste último Domingo da Quaresma convida-nos a contemplar esse Deus que, por amor, desceu ao nosso encontro, partilhou a nossa humanidade, fez-Se servo dos homens, deixou-Se matar para que o egoísmo e o pecado fossem vencidos. A cruz (que a liturgia deste domingo coloca no horizonte próximo de Jesus) apresenta-nos a lição suprema, o último passo desse caminho de vida nova que, em Jesus, Deus nos propõe: a doação da vida por amor.
A primeira leitura apresenta-nos um profeta anonimo, chamado por Deus a testemunhar no meio das nações a Palavra da salvação. Apesar do sofrimento e da perseguição, o profeta confiou em Deus e concretizou, com teimosa fidelidade, os projetos de Deus. Os primeiros cristãos viram neste “servo” a figura de Jesus.
A segunda leitura apresenta-nos o exemplo de Cristo. Ele prescindiu do orgulho e da arrogância, para escolher a obediência ao Pai e o serviço aos homens, até ao dom da vida. É esse mesmo caminho de vida que a Palavra de Deus nos propõe.
O Evangelho convida-nos a contemplar a paixão e morte de Jesus: é o momento supremo de uma vida feita dom e serviço, a fim de libertar os homens de tudo aquilo que gera egoísmo e escravidão. Na cruz, revela-se o amor de Deus – esse amor que não guarda nada para si, mas que se faz dom total.

MENSAGEM

A morte de Jesus tem de ser entendida no contexto daquilo que foi a sua vida. Desde cedo, Jesus apercebeu-Se de que o Pai O chamava a uma missão: anunciar esse mundo novo, de justiça, de paz e de amor para todos os homens. Para concretizar este projeto, Jesus passou pelos caminhos da Palestina “fazendo o bem” e anunciando a proximidade de um mundo novo, de vida, de liberdade, de paz e de amor para todos. Ensinou que Deus era amor e que não excluía ninguém, nem mesmo os pecadores; ensinou que os leprosos, os paralíticos, os cegos não deviam ser marginalizados, pois não eram amaldiçoados por Deus; ensinou que eram os pobres e os excluídos os preferidos de Deus e aqueles que tinham um coração mais disponível para acolher o “Reino”; e avisou os “ricos” (os poderosos, os instalados) de que o egoísmo, o orgulho, a auto-suficiência, o fechamento só podiam conduzir à morte.
O projecto libertador de Jesus entrou em choque – como era inevitável – com a atmosfera de egoísmo, de má vontade, de opressão que dominava o mundo. As autoridades políticas e religiosas sentiram-se incomodadas com a denúncia de Jesus: não estavam dispostas a renunciar a esses mecanismos que lhes asseguravam poder, influência, domínio, privilégios; não estavam dispostas a arriscar, a desinstalar-se e a aceitar a conversão proposta por Jesus. Por isso, prenderam Jesus, julgaram-n’O, condenaram-n’O e pregaram-n’O numa cruz.
A morte de Jesus é a consequência lógica do anúncio do “Reino”: resultou das tensões e resistências que a proposta do “Reino” provocou entre os que dominavam o mundo.
Podemos, também, dizer que a morte de Jesus é o culminar da sua vida; é a afirmação última, porém mais radical e mais verdadeira (porque marcada com sangue), daquilo que Jesus pregou com palavras e com gestos: o amor, o dom total, o serviço.
Na cruz, vemos aparecer o Homem Novo, o protótipo do homem que ama radicalmente e que faz da sua vida um dom para todos. Porque ama, este Homem Novo vai assumir como missão a luta contra o pecado – isto é, contra todas as causas objectivas que geram medo, injustiça, sofrimento, exploração e morte. Assim, a cruz mantém o dinamismo de um mundo novo – o dinamismo do “Reino”.
No relato da Paixão na versão de Marcos, não difere substancialmente das versões de Mateus e de Lucas; no entanto, há algumas coordenadas que Marcos sublinha especialmente. De entre elas, destacamos:

1. Ao longo de todo o processo, Jesus manifesta uma grande serenidade, uma grande dignidade e uma total conformação com aquilo que se está a passar. Não se trata de passividade ou de inconsciência, mas de aceitação serena de um caminho que Ele sabe que passa pela cruz. Marcos sugere, desta forma, que Jesus está perfeitamente conformado com o projeto do Pai e que a sua vontade é cumprir fiel e integralmente o plano de Deus, sem objecções ou resistências de qualquer espécie. Esta “dignidade” de Jesus diante do processo que as autoridades religiosas e políticas lhe movem é atestada em várias cenas:
 Mateus e Lucas põem Jesus a interpelar diretamente Judas, quando este o entrega no monte das Oliveiras (cf. Mt 26,50; Lc 22,48); mas na narração de Marcos, Jesus mantém-se silencioso e cheio de dignidade diante da traição do discípulo (cf. Mc 14,45-46), sem observações ou recriminações.
 Mateus põe Jesus a desautorizar Pedro quando este fere um servo do sumo-sacerdote cortando-lhe uma orelha (cf. Mt 26,52) e, na narração de Lucas, Jesus pede aos discípulos que deixem atuar os seus sequestradores (cf. Lc 22,51); mas Marcos não apresenta, no mesmo episódio, qualquer reação de Jesus (cf. Mc 14,47). Marcos apenas acrescenta que a prisão de Jesus acontece para que se cumpram as Escrituras (cf. Mc 14,49).
 No tribunal judaico, quando interrogado pelo sumo-sacerdote acerca das acusações que lhe eram feitas, Jesus manteve um silêncio solene e digno (cf. Mc 14,61a), recusando defender-Se das acusações dos seus detratores.

2. Uma das teses fundamentais do Evangelho de Marcos é que Jesus é o Filho de Deus (cf. Mc 1,1). Esta ideia também está bem presente, bem sublinhada, bem desenvolvida, no relato da Paixão:
 No jardim das Oliveiras, pouco antes de ser preso, Jesus dirige-Se a Deus (cf. Mc 14,36) e chama-Lhe “Abba” (“paizinho”, “papá”). Esta apalavra não era usada nas orações hebraicas como invocação de Deus; mas era usada na intimidade familiar e expressava a grande proximidade entre um filho e o seu pai. Para a psicologia judaica, teria sido um sinal de irreverência usar uma palavra tão familiar para se dirigir a Deus. O facto de Jesus usar esta palavra, revela a comunhão que havia entre Jesus e o Pai e revela uma relação marcada pela simplicidade, pela intimidade, pela total confiança.
 Apesar do silêncio digno de Jesus durante o interrogatório no palácio do sumo-sacerdote, há um momento em que Jesus não hesita em esclarecer as coisas e em deixar clara a sua divindade. Quando o sumo-sacerdote Lhe perguntou diretamente se Ele era “o Messias, o Filho de Deus bendito” (Mc 14,61b), Jesus respondeu, sem subterfúgios: “Eu sou. E vereis o Filho do Homem sentado à direita do Todo-poderoso e vir sobre as nuvens do céu” (Mc 14,62). A expressão “eu sou” (“egô eimi”) leva-nos ao nome de Deus no Antigo Testamento (“eu sou aquele que sou” – Ex 3,14)… É, na perspectiva do nosso evangelista, a afirmação inequívoca da dignidade divina de Jesus. A referência ao “sentar-se à direita do Todo-poderoso” e ao “vir sobre as nuvens” sublinha, também, a dignidade divina de Jesus, que um dia aparecerá no lugar de Deus, como juiz soberano da humanidade inteira. O sumo-sacerdote percebe perfeitamente o alcance da afirmação de Jesus (Ele está a arrogar-Se a condição de Filho de Deus e a prerrogativa divina por excelência – a de juiz universal); por isso, manifesta a sua indignação rasgando as vestes e condenando Jesus como blasfemo.
 Marcos põe um centurião romano a dizer, junto da cruz de Jesus: “na verdade, este homem era Filho de Deus” (Mc 15,39). Mais do que uma afirmação histórica, esta frase deve ser vista como uma “profissão de fé” que Marcos convida todos os crentes a fazer… Depois de tudo o que foi testemunhado ao longo do Evangelho, em geral, e no relato da paixão, em particular, a conclusão é óbvia: Jesus é mesmo o Filho de Deus que veio ao encontro dos homens para lhes apresentar uma proposta de salvação.

3. Apesar de Filho de Deus, o Jesus de Marcos é também homem e partilha da debilidade e da fragilidade da natureza humana:
 No jardim das Oliveiras, pouco antes de ser preso, o Jesus de Marcos sentiu “pavor” e “angústia” (cf. Mc 14,33), como acontece com qualquer homem diante da morte violenta (Mateus é ligeiramente mais moderado e fala da “tristeza” e da “angústia” de Jesus – cf. Mt 26,37; e Lucas evita fazer qualquer referência a estes sentimentos que, sublinhando a dimensão humana de Jesus, podiam lançar dúvidas sobre a sua divindade).
 No momento da morte, Jesus reza: “meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste” (Mc 15,34). A “oração” de Jesus é a “oração” de um homem que, como qualquer outro ser humano, experimenta a solidão, o abandono, o sentimento de impotência, a sensação de falhanço… e do fundo do seu drama, não compreende a ausência e a indiferença de Deus.
Não há dúvida: o Jesus apresentado por Marcos é, também, o homem/Jesus que Se solidariza com os homens, que os acompanha nos seus sofrimentos, que experimenta os seus dramas, fragilidades e debilidades.

4. Em todos os relatos da paixão, Jesus aparece a enfrentar sozinho (abandonado pelas multidões e pelos próprios discípulos) o seu destino de morte; mas Marcos sublinha especialmente a solidão de Jesus, nesses momentos dramáticos:
 Lucas põe um anjo a confortar Jesus, no jardim das Oliveiras (cf. Lc 22,43); Marcos não faz qualquer referência a esse momento de “consolação.
 Mateus conta que a mulher de Pilatos intercedeu por Jesus, pedindo ao marido que não se intrometesse “no caso desse justo” (cf. Mt 27,19); Marcos não refere nenhuma interferência deste tipo no processo de Jesus.
 João, além de Pedro, refere a presença de um “outro discípulo conhecido do sumo-sacerdote” no palácio de Anás (Jo 18,15); Marcos, para além de Pedro (que negou Jesus três vezes), nunca refere a presença de qualquer outro dos discípulos.
 Lucas fala na presença de mulheres, ao longo do caminho do calvário, que “batiam no peito e se lamentavam por Ele” (Lc 23,27-31); Marcos também não conhece ninguém que se lamentasse durante o caminho percorrido por Jesus em direção ao lugar da execução (só após a morte de Jesus, Marcos observa que algumas mulheres que O seguiam e serviam quando estava na Galileia estavam ali a “contemplar de longe” – Mc 15,40-41).
Abandonado pelos discípulos, escarnecido pela multidão, condenado pelos líderes, torturado pelos soldados, Jesus percorre na solidão, no abandono, na indiferença de todos, o seu caminho de morte. O grito final de Jesus na cruz (“meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste” – Mc 15,34) pode ser o início do Salmo 22 (cf. Sal 22,2); mas é, também, expressão dramática dessa solidão que Jesus sente à sua volta.

5. Só Marcos relata o episódio do jovem não identificado que seguia Jesus envolto apenas num lençol e que fugiu nu quando os guardas o tentaram agarrar (cf. Mc 14,51-52). Para alguns comentadores do Evangelho segundo Marcos, o jovem em causa poderia ser o próprio evangelista… Trata-se, no entanto, de uma simples conjectura.
É mais provável que o episódio tenha sido introduzido por Marcos para representar plasticamente a atitude dos discípulos que, desiludidos e amedrontados diante do falhanço do projecto em que acreditaram, largaram tudo quando viram o seu líder ser preso e fugiram sem olhar para trás.

Ideia de roteiro para teatro

PA e PB entram um pouco tristes!

PA: Não acredito que fizeram isso com Jesus!

PB: Fiquei triste também! Mas Jesus viveu tudo isso por amor a nós!

PA: Tinha que ter outro jeito! Não poderia ser assim! Sabe a parte que me deixa muito bravo? Aquela multidão todinha fez a maior festa quando ele entrou em Jerusalém e depois pediram pra crucificar Jesus! E ainda pediram pra soltar um bandido!

PB: Ah é verdade! Isso não foi legal mesmo! Mas o povo nem sabia direito o que estava fazendo!

PA: Mas eles não sabiam quem Ele era?

Catequista: Olá crianças! Que carinhas tristes são essas?

PB: Oi Catequista! Estamos falando sobre a morte de Jesus!

PA: Isso mesmo! Não entendo como tiveram coragem de entregar Jesus! Ele só fazia o bem!
Curava os doentes, ensinava as pessoas sobre as coisas de Deus, multiplicava comida. Como tiveram coragem?

Catequista: Sim crianças! Tudo isso é muito triste, mas Jesus pode escolher participar do plano de Deus para nossa salvação. Ele confiou na vontade de Deus e foi obediente até o fim. Seu amor por nós é tão grande, tão imenso que Ele aceitou passar por todas as dores e levar nosso pecado sobre sua cruz para que nós pudéssemos ser livres.

PB: Nossa catequista, mas deve ter sido muito dolorido pra Jesus ver todo mundo rindo dele, algumas pessoas batendo nele, empurrando. Ouvir o povo que ele ajudava gritando pra ele ser crucificado!

PA: Imagina só! Eu não teria coragem de passar por tudo isso! Ainda mais sendo filho de Deus.

Catequista: Sim crianças! Não foi fácil, pois Jesus era igual a nós em tudo, menos no pecado, pois Ele não teve pecado! Mas sentiu dores, ficou triste, se sentiu sozinho, se cansou, por algumas vezes caiu no caminho até a cruz, mas foi até o fim. Não desistiu, pois sabia que estava pagando pela nossa salvação. Por isso crianças, devemos aproveitar a liberdade que Jesus nos deu e doar nossa vida pra servir a Deus.

PA: Sim catequista! Quero seguir os caminhos de Jesus, pois um amor igual ao Dele não existe nada igual.

PB: Verdade PA! Jesus nos amou muito mesmo!


Catequista: Sim crianças! E Deus realizou este lindo plano de amor e salvação, entregando seu filho por cada um de nós! Vamos agora agradecer à Deus por este amor infinito e por Ele ter nos dado a salvação? PA e PB: Vamos!!!

Sugestão de Música





Ideia para trabalhar esse Evangelho

Fazer com as crianças palitoches representando Jesus, o burrinho, a multidão, Maria e os discípulos. Distribuir desenhos para que eles possam colorir e formar um tapete para que possam fazer os palitoches passar. Representar a entrada de Jesus em Jerusalém com os bonecos.

Oração

Obrigada meu amigo Jesus porque por mim se entregou em uma cruz.
Carregou sobre si todo meu pecado para que hoje eu pudesse ser livre.
Agradecidos estamos por todo seu amor.

sábado, 3 de março de 2018

Evangelho de João 12,20-33

Missa de 18 de Março de 2018

5º DOMINGO DA QUARESMA
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2018
FRATERNIDADE E SUPERAÇÃO DA VIOLÊNCIA
“VÓS SOIS TODOS IRMÃOS” (MT 23,8)
 

Leituras
Primeira Leitura Jr 31,31-34
Salmo  (Sl 50(51))
Segunda Leitura Hb 5,7-9
Evangelho Jo 12,20-33




Mensagem Principal

Para ajudar a refletir e entender o evangelho de hoje:

Preparem-se... estamos preparando o alimento espiritual para os preferidos de Jesus: as crianças!
Os “gregos” vieram a Jerusalém “adorar” a Deus no Templo; mas quiseram encontrar-se com Jesus, conhecer Jesus e o seu projeto, tomar contacto com a salvação que Ele veio oferecer (queriam “ver Jesus” – vers. 21). Com isto, o autor do Quarto Evangelho sugere que o Templo e o culto antigo já não são mais os lugares onde o homem encontra Deus e a salvação; agora, quem estiver interessado em encontrar a verdadeira libertação deve dirigir-se ao próprio Jesus. Por outro lado, a salvação/libertação que Jesus veio trazer tem um alcance universal e destina-se a todos os homens – mesmo àqueles que vivem fora das fronteiras físicas de Israel (“gregos”).
Estes “gregos” não se dirigem diretamente a Jesus, mas aos discípulos. Haverá aqui, talvez, um aceno à responsabilidade missionária da comunidade de Jesus, encarregada da missão de levar Jesus a todos os povos da terra. O facto de Filipe falar primeiro com André e só depois os dois irem contar o que se passa a Jesus reflete a dificuldade com que as primeiras comunidades cristãs deram o passo para a evangelização dos pagãos. João quer, provavelmente, sugerir que a decisão de integrar os pagãos na comunidade de Jesus não é uma decisão individual, mas uma decisão que a comunidade tomou depois de haver consultado o Senhor.
Quem vai ao encontro de Jesus, o que é que vai encontrar? Um messias aclamado pelas multidões, preocupado em gerir a carreira e em manter a todo o custo o seu clube de fãs, que faz prodígios de equilíbrio para não desagradar às autoridades constituídas e não arruinar as suas hipóteses de êxito?
No horizonte próximo de Jesus, está apenas a cruz (a “hora”). Ele está consciente de que vai sofrer uma morte violenta e maldita, e que todos o vão abandonar como um fracassado. Paradoxalmente, Ele está consciente, também, que nessa cruz se manifestará a “glória” do Filho do Homem.
A morte de Jesus não é um momento isolado, mas o culminar de um processo de doação total de Si mesmo, que se iniciou quando “o Verbo Se fez carne e montou a sua tenda no meio dos homens” (Jo 1,14); é o último ato de uma vida de entrega total aos projetos de Deus, feita amor até ao extremo. Durante toda a sua existência terrena, Jesus procurou, em cada palavra e em cada gesto, tornar o homem livre de todas as opressões, dotá-lo de dignidade, dar-lhe vida em plenitude. Dessa forma, despoletou o ódio do sistema opressor, interessado em manter o homem escravo. Sem se assustar com a perspectiva da morte, cumprindo até ao fim o projeto libertador de Deus em favor do homem, Jesus levou avante a sua luta pela libertação da humanidade. A sua morte é a consequência do seu confronto com as forças da morte que dominavam o mundo.
Por outro lado, ao dar a vida por amor, Jesus deixa aos seus discípulos a última e a suprema lição, a lição final que eles devem aprender. Com a morte de Jesus na cruz, os discípulos aprendem o amor até ao extremo, o dom total da vida, a entrega radical aos projetos de Deus e à libertação dos irmãos.
O que é que nasce deste “dom” de Jesus? Nasce uma nova humanidade. É uma humanidade que Jesus libertou da opressão, da injustiça, dos mecanismos que geram sofrimento e medo… E é uma humanidade que venceu o egoísmo e que aprendeu que a vida é para ser dada, sem limites, por amor. Não há dúvida que o dom da vida dá abundantes frutos de vida. Na cruz de Jesus manifesta-se, portanto, o projeto libertador de Deus para os homens.
Quem quiser “conhecer” Jesus deve olhar para esse Homem que põe totalmente a sua vida ao serviço dos projetos de Deus e que morre na cruz para ensinar aos homens o amor sem limites. Deve aprender essa verdade que, para Jesus, é evidente: não se pode gerar vida (para si próprio e para os outros), sem entregar a própria vida. A vida nasce do amor, do amor total, do amor que se dá até às últimas consequências. Só o amor como dom total é fecundo e gerador de vida (“em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo caído na terra não morrer, permanece só; se morrer, produz muito fruto” – vers. 24). Quem se ama a si mesmo e se fecha num egoísmo estéril, quem se preocupa apenas com defender os seus interesses e perspectivas, perde a oportunidade de chegar à vida verdadeira, à salvação. O apego egoísta à própria vida levará ao medo de agir, à dificuldade em comprometer-se, ao silêncio perante a injustiça – em suma, a uma vida de medo e de opressão, que é infecunda e não vale a pena ser vivida. Ao contrário, quem é totalmente livre do medo, quem se esquece dos seus próprios interesses e seguranças e se compromete com a luta pela justiça, pelos direitos, pela dignidade e liberdade do homem, quem ama tanto os outros que entrega a sua vida por eles, esse dará frutos de vida e viverá uma vida plena, que nem a morte calará. É esta vida que tem sentido e que leva o homem à realização plena.
Jesus viveu esta dinâmica da vida dada por amor, sem medo de enfrentar o “mundo” – isto é, sem medo de enfrentar esse sistema de opressão e de injustiça que pensava poder manter os homens escravos através do medo da morte. Jesus está livre desse medo e, portanto, está livre para amar totalmente. Àqueles que querem “ver Jesus” e conhecer o seu projeto, Ele propõe o mesmo caminho – o caminho do amor e da entrega total. Ser discípulo é colaborar com Jesus na libertação dos homens que ainda são escravos, mesmo que isso signifique enfrentar as forças de opressão do “mundo” e enfrentar a própria morte (“se alguém Me quer servir, siga-Me” – vers. 26a).
Quem aceitar esta proposta permanece unido a Jesus, entra na comunidade de Deus (vers. 26b). Poderá ser desprezado pelo “mundo”; mas será honrado por Deus e acolhido como seu filho (vers. 26c).
O nosso texto termina com a “voz do céu” que glorifica Jesus (vers. 28-32). É uma forma de mostrar que o caminho de Jesus tem o selo de garantia de Deus. A “voz do céu” assegura que a forma de viver proposta por Jesus é verdadeira e que Deus garante a sua autenticidade. Confirma-se, desta forma, aos discípulos que oferecer a vida por amor não é um caminho de fracasso e de morte, mas um caminho de glorificação e de vida.

http://www.dehonianos.org


Ideia de roteiro para teatro

(Personagem A entra triste)

PB: Nossa PA o que aconteceu com você?
PA: Ah estou muito triste!
PB: Isso eu já percebi neh! Quero saber por que você está triste.
(Catequista entra)
C: Oi crianças, tudo bem?
PA e PB: Oi C, tudo bem!
C: Está tudo bem mesmo PA? Está com uma carinha tão tristinha.
PA: Sabe o que é C, meu irmãozinho e eu fazemos aniversário no mesmo mês e pra não gastar muito com festas, minha mãe faz uma festa pra nós dois!
PB: Nossa que legal! Ué mas não entendi porque você está triste com isso, qual o problema em sua mãe fazer uma festa pra vocês dois?
C: Também não entendi qual é problema!
PA: O problema PB é que meu irmão quer a festa com o tema do Mickey e eu quero a minha festa com o tema dos Transformes que é muito mais da hora!
PB: Ah isso é verdade os Transformes é bem legal mesmo!
PA: Viu agora você imagina só todos meus amigos vendo minha festa de aniversário com decoração do Mickey, que mico (fica triste)
C: Calma PA, não fica assim! Vamos pensar em alguma solução pra isso.
PA: Não tem mais o que pensar PB, minha mãe já decidiu o que fazer, ela disse que pra não dar briga ela vai pedir pra fazer uma decoração metade do Mickey e metade dos Transformes.
C: Então PA sua mãe teve uma excelente idéia.
PB: Eu também gostei da idéia da sua mãe.
PA: Eu não gostei nenhum pouco! Não quero que meus amigos vejam minha festa de aniversário com dois temas, muito menos do Mickey, vou morrer de vergonha!
PB: Ai que drama PA, o que tem demais nisso?
PA: O que tem é que não quero e pronto!
C: PA quantos anos você tem mesmo?
PA: Ué C a senhora sabe que tenho 7 anos, por quê?
C: E quantos anos seu irmãzinho tem?
PA: Tem 4
C: Então já parou pra pensar o quanto deu irmãzinho também ficará triste se sua mãe fizer a festa somente com o seu tema?
PA: C não é justo, eu quero muito minha festa do transformes!
C: Assim como seu irmão também quer muito a festa dele do Mickey, certo?
PA: Sim, ele quer muito (fica triste)
C: Você acha justo deixar seu irmão triste porque você não quer dividir com ele a decoração da festa? Pense nisso! Aliás, seus amigos a maioria são da sua idade, tenho certeza que todos irão entender.
PB: Ah também acho viu PA que não tem nada demais em dividir o tema da festa.
C: Viu só!
PA: Ah C, não consigo aceitar isso, vou pagar maior mico!
C: Olha PA, no evangelho de hoje Jesus nos passa um lindo ensinamento que vai te ajudar muito a entender e aceitar essa questão do aniversario.
PA: Será! E qual é esse ensinamento?
C: No evangelho de hoje Jesus fala “Em verdade, em verdade vos digo; se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só, mas se morrer produz muito fruto”.
PB: Nossa C, mas o que Jesus quer dizer com isso?
PA: É mesmo! E em que pode me ajudar?
C: Crianças, Jesus usa essa verdade da natureza que é o processo que o grão passa para dar frutos, para nos ajudar a entender sua mensagem
PA: E qual é o processo que o grão passa para dar frutos?
C: O grão de trigo morre, cai na terra renasce e frutifica, ou seja, o grão de trigo precisa morrer renascer para depois dar muitos frutos.
PB: Nossa que interessante C, mas ainda não entendi o que Jesus quis dizer.
C: Assim como o trigo que morre para dar vida, Jesus também morreu para dar vida a todos nós, uma vida nova! Jesus morreu para nos libertar do pecado e nos dar uma vida verdadeiramente de amor e livre de todo mal.
PA: É verdade C, Jesus morreu por todos nós e assim nos libertou de todo o pecado
C: Então, Jesus se sacrificou por amor a nós, ele foi obediente a Deus e depois ressuscitou cumprindo assim sua linda missão de amor.
PB: E como podemos ser obedientes a Deus, assim como Jesus foi?
C: Precisamos tirar do nosso coração tudo aquilo que nos afasta da vontade de Deus, o egoísmo, o pecado, pensar só em si, não ajudar os amiguinhos, ou seja, limpar nosso coração de todas essas coisas ruins e dar espaço para as coisas boas que agradam a Deus.
PA: E assim estaremos seguindo o exemplo de Jesus?
C: Sim! Porque quando tiramos tudo o que é ruim e pecado do nosso coração, na verdade estamos ressuscitando para uma nova vida, uma vida cheia de amor, de caridade, respeito, de cuidado com o próximo, assim estaremos dando bons frutos!
PB: Então a mensagem que Jesus quer nos passar é que precisamos limpar nosso coração, com boas atitudes para que assim possamos dar frutos?
PA: Agora já entendi C, na verdade estou sendo muito egoísta, estou pensando somente na minha vontade neh?
C: Isso mesmo PA, mas o importante é que agora você já sabe como deve agir, pois em muitos momentos da sua vida precisara abrir mão de algumas das suas vontades, isso acontece com todos nós, mas quando abrimos mão de algo em favor do próximo, ou seja, para ajudar ou fazer alguém feliz, isso significa que seu coração está verdadeiramente renovado e dando bons frutos.
PB: Nossa C, que lindo esse ensinamento de Jesus para nós!
C: Pois é PB, Jesus quer que todos nós renunciemos ao pecado através do arrependimento e assim darmos espaço para o novo eu, um novo coração, preparados para dar bons frutos, nas atitudes boas, no amor ao próximo, na fé e na caridade.
PA: Quero seguir o exemplo de Jesus, vou conversar com minha mãe e aceitar a proposta dela, assim meu irmão também ficará feliz.
C: Isso mesmo PA você está de parabéns! Agora vamos fazer uma oração agradecendo a Jesus por mais um lindo ensinamento?
PA e PB: Vamos!
 

Sugestão de Música




Ideia para trabalhar esse Evangelho


http://educaja.com.br


Oração

Senhor Jesus, 
Obrigado por mais um ensinamento, por me ajudar a ser uma criança com o coração livre do pecado e que assim possa dar bons frutos conforme a vontade do nosso Deus


Amém!